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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Rock in Rio


J.F. Diorio/AEJ.F. Diorio/AE
Por Jotabê Medeiros

Do ponto de vista comercial, o Rock in Rio foi um sucesso: 310 mil turistas vieram ao Rio (20% deles do exterior), quase 40% a mais do que o normal nesse período do ano. Eles ocuparam a totalidade dos hotéis, deixando R$ 800 milhões para a cidade. Foram 700 mil espectadores, 170 atrações, 98 horas contínuas de música - há quem discorde dessa última definição.

O Rock in Rio tem grande valor histórico. Empurrou a música brasileira, uma das mais ricas, para os palcos principais, deu-lhe públicos de 100 mil pessoas, visibilidade e respeito. Deu-lhe também condições técnicas equivalentes às das maiores bandas do mundo. Assumiu a efervescência da face comercial, sem falso moralismo, e abriu espaço para o futuro. Potencializou a grande ansiedade pela arte que vem ao festival de todo lugar, do Oiapoque ao Chuí, com suas bandeiras coloridas, suas camisas de times. Essa é a riqueza maior do festival, uma pulsão humana maior que o preconceito e a unanimidade de elite.

Mas não é injusto dizer que essa edição foi uma das mais conservadoras, em termos artísticos, coisa que não pode se repetir em 2013. Godzilla dos festivais de rock, o Rock in Rio não deixa, como saldo artístico, uma impressão boa. Pareceu ter sido montado sem convicção curatorial, recebendo o que era ofertado com mais presteza (quem sabe alguma pechincha). Parte das suas atrações principais se apresentou antes em outras cidades, como Red Hot Chili Peppers e Ke$ha (em São Paulo), o que esvaziou um pouco a curiosidade sobre suas performances.

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