Rio - A volta Ronaldinho à seleção brasileira, fora de campo, serviu para reafirmar o meia-atacante como o maior astro do futebol brasileiro atual, à frente até de Neymar. Dentro de campo, o jogador esteve apagado durante grande parte da vitória por 1 a 0 contra Gana, em Londres, mas ressurgiu no final e deixou o campo como o mais festejado entre osbrasileiros.
Antes de a bola rolar no Estádio Craven Cottage, já dava perceber na torcida brasileira a idolatria por Ronaldinho. Na porta do estádio, um fã colocou uma peruca, uma camisa 10 e até os dentes para frente imitando o jogador que estava fora desde a derrota para a Argentina, em novembro de 2010.
Quando entrou para se aquecer, histeria. A proximidade entre campo e arquibancada permitia uma melhor interação e o jogador não decepcionou, respondendo com acenos aos gritos de "Ronaldinho" vindos da torcida que dividiu com os ganenses a capacidade do estádio de propriedade do Fulham.
A cena se repetiu durante grande parte da partida. A cada toque, torcedores se agitavam à espera de um lance de efeito. Vestindo a camisa 10, antes de Paulo Henrique Ganso, Ronaldinho correspondeu com um futebol regular no primeiro tempo e crescente no segundo. Teve como melhores momentos um cruzamento na cabeça de Alexandre Pato e uma falta defendida pelo goleiro ganês.
Mesmo aparecendo apenas no final do jogo, deixou melhor impressão do que quando enfrentou a Argentina, em novembro do ano passado. "Cada momento é um momento diferente. Hoje estou muito feliz no Flamengo e as coisas estão andando muito bem", comemorou.
Último a deixar o campo, foi reverenciado pelos brasileiros e agradeceu com mais acenos. Recebeu elogios de Mano Menezes, Neymar e Leandro Damião e já vislumbra os próximos passos na Seleção. Deixou até escapar que quer jogar a Olimpíada de Londres, em 2012, apesar de já ter passado o limite de idade há muito tempo.
"A maioria dos jogadores daqui eu ainda não tinha jogado junto, mas eu me senti bem. Fico feliz de retornar à Seleção e de fazer parte de um novo grupo. Então agora é trabalhar sério. Agora vem Olimpíada e Mundial. São dois objetivos e vou trabalhar para isso", disse o jogador, que aos 20 anos disputou a Olimpíada de Sydney. Já em 2008, atuou nos Jogos de Pequim como um dos três acima dos 23 anos. Hoje com 31, Ronaldinho que repetir a história.
0 comentários:
Postar um comentário