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segunda-feira, 12 de setembro de 2011


Em discurso do 11 de Setembro, Obama exalta união dos EUA

No último evento que marcou os 10 anos dos atentados, presidente dos EUA repete Bush e diz que 'não há guerra contra o Islã'


Texto:
O presidente dos EUA, Barack Obama, voltou a exaltar neste domingo a "união" do país. "Hoje vale a pena lembrar o que que não mudou. Nosso caráter como nação não mudou, nossa fé em Deus e uns nos outros, isso não mudou. Nossa crença na América", afirmou. Obama destacou a palavra "unidos", de Estados Unidos da América, e pediu que os americanos se dediquem "aos ideais que nos definem como nação". 
"Não somos perfeitos, mas nossa democracia é duradoura, e essa democracia também nos dá a oportunidade de aperfeiçoar nossa união", disse. As declarações foram feitas em discurso em Washington, durante "Um Concerto pela Esperança", último evento que marcou o décimo aniversário dos ataques do 11 de Setembro de 2001, quando 19 terroristas atacaram as Torres Gêmeas, em Nova York, o Pentágono, em Washington, e que, confrontados pelos passageiros, causaram a queda de uma aeronave na Pensilvânia. (Veja infográfico com cronologia dos ataques)
"Agora nos agarramos a nossas liberdades. Somos mais atentos contra quem nos ameaça, e há inconvenientes que vêm junto com a nossa defesa comum", declarou em discurso de quase 15 minutos. "Os debates, sobre a guerra e a paz, sobre segurança e as liberdades civis, frequentemente foram acesos. Mas é justamente o rigor desses debates e nossa capacidade de resolvê-los de modo a honrar nossos valores que representam uma medida de nossa força", acrescentou. "Isto é o que honramos em dias de lembrança nacional, esses aspectos da experiência americana que perduram, e a determinação de avançar como um povo", afirmou.
Obama também repetiu o que já tinha assegurado então seu antecessor, George W Bush, e que foi uma máxima de seu mandato: "Os Estados Unidos nunca estarão em guerra contra o Islã nem contra nenhuma outra religião".
Ele ressaltou, ainda, as mortes de soldados americanos no Iraque e no Afeganistão nos últimos 10 anos e disse que o objetivo dos EUA é "deixar aquelas terras para pessoas livres" e estabelecer a "paz".
Homenagens
Sob forte esquema de segurança após alertas de uma possível nova conspiração da rede terrorista Al-Qaeda, o principal evento para marcar a data começou às 8h40 locais (9h40 em Brasília) no Marco Zero (onde ficavam as torres do World Trade Center), em Nova York, onde foi inaugurado um memorial. Os ataques, que deixaram quase 3 mil vítimas, mudaram os EUA e o mundo e causaram as guerras no Afeganistão e Iraque. Além dos eventos nos EUA, houve tambémcerimônias em outros países, incluindo a de soldados americanos no Afeganistão.
Acompanhado da primeira-dama Michelle, Obama citou em Nova York o Salmo 46, invocando a presença Dele como uma inspiração para superar o sofrimento. "Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Portanto, não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares. Fiquem serenos, e saibam que sou Deus", citou o líder americano. Em uma entrevista divulgada pela NBC antes da cerimônia em Nova York, Obama afirmou que os ataques do 11 de Setembro não destruíram o caráter e os valores dos EUA.
Deus é nosso refúgio e fortaleza. Portanto, não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares, disse Obama citando a Bíblia
Milhares se juntaram em uma ensolarada manhã de domingo em luto onde, um dia, erguiam-se as torres. Com a segurança reforçada e sem tráfego de veículos, houve um fúnebre silêncio no lugar em que, há uma década, os dois arranha-céus de 110 andares desabaram após serem atingidos por aviões sequestrados, espalhando umanuvem de poeira no sul de Manhattan.
A cerimônia provocou lágrimas. Membros das famílias vestiram camisetas com os rostos dos mortos, levaram fotos, flores e bandeiras em um momento de emoção. Após a breve citação do presidente americano, começou a leitura de 2.983 nomes - referentes aos 2.977 mortos em Nova York, Washington e Pensilvânia no 11 de Setembro e a seis no primeiro ataque contra o WTC, com um carro-bomba, em 1993. O total não inclui os 19 terroristas a bordo das aeronaves em 2001.
Assista ao vídeo da cerimônia:

Previamente à leitura dos nomes, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, foi o primeiro a falar sobre os ataques. "Dez anos se passaram desde que um dia perfeito e ensolarado se tornou a mais sombria das noites," afirmou. "Desde então, vivemos na claridade e na sombra, e embora não seja possível esquecer o que aconteceu aqui, podemos ver que as crianças que perderam seus pais cresceram para ser jovens adultos, netos nasceram e bons trabalhos e serviços públicos criaram raízes para honrar aqueles que amávamos e perdemos."
Dez anos se passaram desde que um dia perfeito e ensolarado se tornou a mais sombria das noites, afirmou Bloomberg
Após seu pronunciamento, os presentes observaram o primeiro minuto de silêncio pelas vítimas às 8h46 (9h46 em Brasília), horário do primeiro ataque, quando o voo 11 da American Airlines atingiu a Torre Norte do WTC. A leitura dos nomes também foi interrompida no horário exato do segundo ataque, lançado com o voo 175 da United Airlines contra a Torre Sul às 9h03 locais; do terceiro ataque com o voo 77 da American Airlines contra o Pentágono, às 9h37; dos colapsos da Torre Sul, às 9h59, e da Torre Norte, às 10h28; e da queda do voo 93 da United Airlines em Shanksville, Pensilvânia, às 10h03.
Bush, que era presidente dos EUA na época dos ataques, leu uma carta de Abraham Lincoln (1861-1865) para uma mulher que perdeu seus cinco filhos na Guerra Civil dos EUA. "Sinto quão fraca e infrutífera deve ser qualquer palavra minha para tentar consolar uma perda tão devastadora", leu Bush, citando Lincoln. "Mas não posso evitar de apresentar-lhe o consolo que pode ser encontrado no agradecimento da república pela qual eles morreram para salvar."
Muitos choraram quando os nomes de seus parentes foram lidos, por esposas e maridos, pais, mães, irmãs, irmãos e filhos. "Não paro de ter saudades de meu pai. Ele era demais," afirmou Peter Negron, que era apenas uma criança quando seu pai, Pete, foi morto em uma das torres. "Gostaria que meu pai estivesse aqui para me ensinar a dirigir, como pedir para uma garota sair comigo e para me ver concluindo o colégio - e uma centena de outras coisas que não consigo nem começar a nomear."
Depois da leitura dos nomes, os parentes das vítimas visitaram o novo memorial no Marco Zero. Esse espaço paisagístico de três hectares será aberto ao público a partir de segunda-feira. Com mais de 200 castanheiras, possui duas grandes fontes, com as paredes de água fluindo sem parar. Foram erguidas no lugar exato onde estavam as torres. O nome de cada vítima está inscrito em seu entorno.
Pela primeira vez, parentes viram o memorial e tocaram os nomes de seus entes queridos gravados ali. Alguns deixaram flores, outros pequenos ursinhos de pelúcia. Alguns usaram lápis para raspar os nomes em papel, outros tiraram fotografias.
Perto do memorial está sendo levantada a principal torre do novo complexo, o One World Trade Center, que alcançará 1.776 pés (541 metros), o futuro edificio mais alto dos EUA. Sua altura, em pés, corresponde ao ano da independência americana.
Outras cerimônias
Em Shanksville, Pensilvânia, centenas compareceram às 9h30 local (10h30 de Brasília) a uma cerimônia em memória das vítimas do voo 93 da United Airlines. Obama foi a Shanksville após a cerimônia em Nova York para depositar uma coroa de flores no local da queda do avião, único que não chegou ao alvo dos terroristas - o Capitólio (Congresso americano) ou a Casa Branca, ambos em Washington -, porque os passageiros se organizaram contra os sequestradores.
Uma bandeira e rosas são vistas na ala sul do memorial do 11 de Setembro em Nova York -Foto: AFP
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Juntamente com o chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, Mike Mullen, e o secretário de Defesa americano, Leon Panetta, o vice Biden compareceu neste domingo à solenidade no Pentágono, onde Obama esteve posteriormente às 15h30 (16h30 de Brasília) para depositar uma coroa de flores.
Ao todo, 184 pessoas morreram quando o voo 77, o terceiro sequestrado pelos terroristas da Al-Qaeda, colidiu contra um dos setores do Departamento de Defesa às 9h37 locais (10h37 de Brasília). A banda de música da Marinha interpretou o hino "Amazing Grace" após o minuto de silêncio absoluto em lembrança dos mortos.

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